segunda-feira, 11 de abril de 2011

(...)Uma carência, uma vontade de ir embora e deixar tudo o que tem que ser deixado pra trás, no seu devido lugar.
Tá chovendo, e a vontade de sair na chuva só pra sentir a alma lavada é tanta. Mas não é maior que o quentinho aqui debaixo das cobertas. Aliás, acho que podia passar dias, semanas aqui onde eu estou.
Queria mudar o meu destino, assim mesmo como num passe de mágica. É estranho, ja dizia Caio Fernando,  "é como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado". Mas e toda aquela historia de escolher o que fazer da sua vida. Não tem o que escolher, o que é pra ser seu ou fazer parte da sua vida, ja ta lá, escrito em algum lugar. Algo me diz, que no meu livro da vida, na página que estou vivendo agora, está lá escrito em letras garrafais: "GAROTA, É HORA DE VOCÊ VIVER, É HORA DE VOCÊ ENFRENTAR A SUA VIDA".
Tô tentando me concentrar nas minhas alegrias antigas, na minha FÉ, na minha esperança antiga. Tento fazer isso, pra que talvez eu consiga entender que nem sempre foi do jeito que tá sendo agora, que nem sempre foi só saudade, nem sempre foi só medo.
"Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total."




Anne Caroline


P.S. trecho de Caio Fernando.

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