sábado, 29 de janeiro de 2011

Sentada aqui na frente do computador, creio que há mais de uma hora. Uma página do Word aberta e em branco ainda. Não consigo me concentrar. Ordenei a mim, que eu só vou escrever sobre outras coisas e outras pessoas, e não mais sobre você. Mas, só me vem você na cabeça. Mas uma tentativa falha. Apagam-se as linhas escritas sobre você e de novo eu tento falar sobre outra coisa.
Não é tão difícil assim. Preciso começar do zero. Eu sei que você ler meus textos, eu sei que você acaba me entendo por aqui. E veja, cá estou eu escrevendo pra você de novo (risos). É incrível a lembrança do cheiro, do abraço, do beijo.
Você com essa sua cara bonita e esse sorriso espalhado que encanta a todos. Você que podia ser qualquer coisa pra mim, que podia ser ninguém, que podia ser nada. Resolveu ser logo e tão somente tudo. Tudo aquilo que deveria fazer sorrir, que deveria fazer bem.
Uma garota tentando destravar os dentes pra sorrir melhor, tentando tirar da cabeça essa metralhadora de pensamentos sem muita noção. Porque dói gostar de tudo assim, tudo o que você é ou podia ser pra mim. Eu deveria pensar menos, ou pensar mais em outras coisas. Eu deveria amar menos, ou amar outras pessoas. Deve existir alguém que não faça eu sentir medo. Medo de perder, de ver indo embora. Deve haver alguém que faça tudo o que você faz por mim, mas, só pra mim. Deve haver.
E mais uma vez as minhas páginas do Word falaram sobre você. Mais uma vez eu tentei escrever sobre qualquer coisa e so consegui falar de você. Foi a última vez, eu juro que vou tentar não falar mais de você que foi embora e me deixou cedo demais, deixou aquele gostinho de dever não cumprido, de tarefa inacabada. E é desse jeito que esse texto vai terminar, inacabado. Só porque eu não quero mais escrever sobre você. Entenda, é porque dói muito. Só por isso. Virei outras vezes, quando a dor passar, falarei de você e de nós, mas com um sorriso no rosto e não com lágrimas nos olhos.
O amor sempre foi a melhor parte da historia. Sempre foi o melhor consolo. É no amor que nos sentimos fortes e com amor que deveríamos levar a vida.



Por: Anne Caroline


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